Em entrevista, Barcellos presidente do Inter luta contra a emoção para reerguer o clube

Barcellos concedeu entrevista exclusiva à RBS para discutir o momento desafiador tanto para o clube quanto para o estado. A reportagem, realizada de barco, acessou as instalações do CT Parque Gigante.

Em entrevista, Barcellos presidente do Inter luta contra a emoção para reerguer o clube

Créditos: RBS/Reprodução

 

  A tragédia climática que afetou gravemente o Rio Grande do Sul deixou uma forte impressão em Alessandro Barcellos. O presidente do Internacional, que normalmente se ocupa de contratações e questões administrativas do time, agora divide seu tempo entre a reconstrução do clube e o impacto emocional causado pela devastação das enchentes.

  Barcellos permitiu que a RBS TV visitasse o Centro de Treinamentos do Parque Gigante, onde, de barco, foi possível observar as condições do complexo inundado. O clube aguarda que as águas recuem para avaliar a extensão dos danos e decidir o que pode ser recuperado antes de iniciar as reformas.

  O Internacional estima um prejuízo de R$ 35 milhões para a reconstrução das instalações do CT e do Beira-Rio, além dos custos com hospedagem e deslocamentos para jogos. Apesar da situação, destaca-se a colaboração entre os rivais Gre-Nal e o Juventude. Na terça-feira, foi anunciada uma parceria para ajudar na recuperação do estado, embora o sofrimento ainda persista.

– Precisamos estar unidos. As ações serão conjuntas, tanto para recuperar nosso patrimônio quanto para ajudar na recuperação do Rio Grande. É um compromisso que temos que assumir, mas é difícil não se emocionar ao ver o que aconteceu. Precisamos unir forças. Desculpe – disse Barcellos, emocionado.

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Créditos: RBS

  O presidente está determinado a não deixar a tristeza interferir na administração do clube. Barcellos liderou as contratações no início da temporada para fortalecer o time de Eduardo Coudet, trazendo jogadores como Fernando, Thiago Maia, Lucas Alario e Rafael Borré.

  A esperança era terminar com a seca de títulos, que já dura oito anos, e reconquistar o Brasileirão, que o Inter não vence desde 1979. No entanto, a cheia do Guaíba mudou essa perspectiva. Agora, é hora de começar a reconstrução enquanto o time joga de forma itinerante.

  Com as reformas no Beira-Rio, a previsão otimista é de ficar afastado por pelo menos 60 dias. A perda do estádio como fator local impacta o desempenho em campo, mas também serve de motivação para o trabalho a ser realizado.

– O Beira-Rio é nossa segunda casa e de milhões de colorados. Todos estão preocupados. Vamos usar toda a força que recebemos para a recuperação. A união dos colorados nos ajudará a superar este momento. Este ano é importante, investimos muito. Ainda temos esperança de reerguer o estádio e nosso CT, que foi o mais danificado, sem perder o foco nas vidas das pessoas. É assim que estamos vivendo – acrescentou.

  Barcellos busca forças para liderar a recuperação do Inter. Os jogadores continuam a treinar em um resort no interior de São Paulo, onde Coudet trabalha para melhorar os aspectos físicos, técnicos e táticos da equipe.

  O primeiro compromisso nesta nova fase será em 28 de maio, terça-feira, contra o Belgrano, na Arena Barueri, pela Copa Sul-Americana.

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