Ex-jogador do Internacional e do Belgrano, Bolatti expressa sua admiração por Coudet e acredita no título da Sul-Americana

Aposentado, volante valoriza tempo no Beira-Rio, lembra episódio com Fernandão e avalia ir ao Mário Kempes nesta terça, na estreia dos gaúchos pela Sul-Americana

Ex-jogador do Internacional e do Belgrano, Bolatti expressa sua admiração por Coudet e acredita no título da Sul-Americana

Créditos: Gazetta

  Um antigo conhecido dos torcedores do Internacional está em Córdoba aguardando o jogo de estreia contra o Belgrano. Mário Bolatti reside na cidade onde ocorrerá o jogo nesta terça-feira, mas mantém lembranças de seu tempo em Porto Alegre. O peso do Inter inspira o ex-jogador, que aprecia a abordagem de jogo de Eduardo Coudet e acredita que o clube seja um dos favoritos para a Copa Sul-Americana. Ele também compartilhou uma história envolvendo Fernandão.

  Devido ao seu carinho pelo Internacional e sua ligação com o Belgrano, equipe pela qual começou sua carreira em 2004 e retornou onze anos depois, Bolatti provavelmente estará presente no estádio Mário Kempes para assistir ao confronto. Ele reconhece a força do time gaúcho e reconhece que o adversário argentino é uma incógnita devido à recente chegada do treinador Juan Cruz Real.

- Será um lindo jogo, atrativo. Inter é um gigante da América, o Belgrano é grande no interior da Argentina, com uma torcida importante, mas acabou de trocar o treinador. O Inter tem outro significado, que precisa sempre disputar o título - destacou Bolatti ao ge.

  Apesar de não seguir de perto, tem ciência da presença dos jogadores argentinos no Internacional, da eliminação no Campeonato Gaúcho para o Juventude e da urgência de recuperação. E é exatamente por entender as ambições do clube e a filosofia de jogo de Coudet que vê potencial em sua colaboração.

- Olho às vezes. Tem o Coudet e muitos outros argentinos. Caiu agora no Gauchão e chega com a obrigação de vitória. O Chacho fez um grande trabalho no Central e Racing. O estilo de jogo me agrada muito, ataca bastante, ofensivo. A intensidade que apresenta me encanta. Gosta de um time com velocidade - analisou.

  Bolatti foi contratado pelo Internacional em 2011 com grande expectativa, após ser visto como herói por ajudar a Argentina a se classificar para a Copa do Mundo de 2010. Conhecido como "Gringo", ele rapidamente conquistou o carinho dos torcedores. Destacou-se por sua habilidade de chegar na área e marcou três gols nos primeiros dois jogos pelo time na Copa Libertadores.

  Ele foi parte das conquistas do Campeonato Gaúcho de 2011 e 2012, além da Recopa. Embora seu contato com os antigos colegas tenha diminuído, as noites de churrasco ainda evocam memórias do aroma da carne assada por Guiñazu.

- Foi um período muito bonito, em que aproveitei bastante. Comecei muito bem, com gols. A experiência no Inter foi boa. Ganhei dois Gauchões e a Recopa. Falei há um tempo com o Bolívar, mas não tenho mais tanto contato. Ficam as lembranças. Os argentinos andavam juntos, D'Alessandro, Guiñazu, Dátolo, assim como o Forlán. E tinham os assados do Cholo (Guiñazu).

Imagem.jpeg

Créditos: Tomás Hammes


  Gradualmente, Bolatti foi perdendo espaço devido à forte competição com os jogadores estrangeiros. O time contava com nomes como D'Alessandro, Guiñazu, Dátolo, Cavenaghi e, mais tarde, Scocco e Diego Forlán. Naquela época, apenas três estrangeiros podiam ser relacionados por partida.

  Outro momento significativo em sua trajetória foi quando, já com Fernandão como treinador em 2012, Bolatti foi questionado pelo ídolo se estaria disposto a atuar como zagueiro. No entanto, ele recusou a proposta. Esse episódio foi mencionado quando Fernandão foi demitido, pois ele chorou ao recordar e elogiar o esforço de Ygor, que aceitou a mudança de posição.

- Fernandão era nosso dirigente e virou o treinador. Ele pediu para eu ser zagueiro em um jogo, mas falei que não me sentia cômodo. Não sei se repercutiu bem ou mal com ele porque ele nunca falou. Era uma situação comum entre treinador e jogador. Perguntou e fui sincero. Foi isso. Não sei mais o que aconteceu. Ficou tudo aí.

Imagem_1.jpeg

Créditos: Tomás Hammes

  Bolatti guarda apenas as memórias felizes, como os títulos conquistados e os cinco gols marcados ao longo de suas 60 partidas pelo Internacional. Agora, ele enfrenta a noite de terça-feira com o coração dividido.

Qual é a Sua Reação?

like

dislike

love

funny

angry

sad

wow